Por Cristina Soffiantini
“A partir da experiência da Avsi e da CDM surgiu a necessidade de um Centro de formação ao trabalho para os jovens da periferia. Uma experiência de amizade e amor ao destino dos homens, que ajuda na realização da pessoa e gera frutos para a sociedade”.
Inaugurado no dia 11 de outubro de 2005, o Centro de Educação para o Trabalho Virgilio Resi iniciou suas atividades em Belo Horizonte no dia 16 de agosto deste ano. O Centro atende hoje a 50 jovens com idade entre 17 e 20 anos, a maioria estudantes do ensino médio, desejosos por aprender uma profissão.
As oportunidades oferecidas no campo da formação profissional concentram-se nas áreas de alimentação e jardinagem, acrescidos de conteúdos de formação humana, informática, educação artística e física, expressão musical, português e matemática. O trabalho do Centro Virgilio Resi acumula toda a riqueza de anos de experiência no campo da formação profissional desenvolvidos pela Associação de Voluntários para o Serviço Internacional (Avsi) e pela Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM).
A inauguração foi na passagem de três anos de falecimento de padre Virgilio, que era o responsável nacional do Movimento Comunhão e Libertação, e contou com a presença de alguns de seus familiares e amigos. Na Itália eles fundaram a Associação Virgilio Resi e, assim, ajudaram financeiramente na construção deste Centro.
Proposta educativa
Desde o seu início foi colocado um desafio no trabalho do Centro: para os educadores, a tarefa de arriscar o seu próprio eu em uma proposta educativa cotidiana e, para os jovens, o risco da liberdade em aderir ou em recusar esta proposta. Na experiência que vivemos com padre Virgilio, três coisas nos ajudam a enfrentar este desafio:
* A consciência de saber que Cristo é a realidade e, por isso, não existe nenhum aspecto do real que não tenha sentido ou que seja inútil;
* A consciência de que a vida é um caminho de razão e de afeição e, neste sentido, usar a razão arrasta o sentimento e faz nascer ali uma afeição cheia de ternura e de atenção;
* A experiência é o ponto de partida para o conhecimento da realidade e a primeira evidência da experiência é que não nascemos sozinhos.